Faria a diferença se eu partisse e não escutasse o que você tem pra me dizer porque você não sabe se deve ou não falar? E pra mim, faria diferença se todas as coisas que eu quisesse viver eu não vivesse? Seria bobagem demais acreditar que me arrependeria de não ter corrido mais uma vez de atrás dos meus sonhos ou de você? E se eu morresse hoje será que minha mãe conseguiria viver? E aquela liberdade que eu tanto procurei em vida será que escorreria pelos meus dedos num segundo quando visse tudo escurecer? Imaginou quanto falta não faria para quem me amou de verdade e quantas pessoas iriam descobrir que me amavam, admiravam ou até me odiavam por ser assim, esquisita, tagarela, maluca? Quantas saudades eu sentiria de dar dois nós nos meus cadarços toda vez que ia amarrar o tênis? E quanta agonia sentiria por não poder mais sentir o cheiro de café preto esfriando? Já parou pra pensar? E minhas coisas ficariam aonde? Com quem? Postariam comentários e comentários nas redes sociais dizendo o quão amável eu era, mesmo eu sendo um maracujá azedo? E todos os momentos incríveis que passei com meus amigos não passariam de apenas lembranças pra quem estivesse vivo? O que aconteceria com os risos, as ideias sem noção, das peripécias de ir no rio ou pra concórdia ou até simplesmente das horas que passamos dentro do carro conversando sobre a vida, o 01, 02, 03 e o 04?E os meus sentimentos? E se eu morresse hoje faria alguma diferença? Faria alguma diferença pra você que me julgou o ano inteiro, que não me estendeu a mão, que sempre achou que eu estivesse feliz porque via meu sorriso, mas nunca notou o quão triste eu estava? faria mesmo a diferença? Faria a diferença falar que eu não estava no caminho certo, mas todas as vezes que passava por mim fazia questão de me ignorar? Sinceramente não sei...Falar de morte é complicado, falar em morrer é mais ainda. Mas ainda bem que temos tempo para falar disso, já pensou se não tivéssemos?
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