terça-feira, 29 de abril de 2014

Por falar em infância deu saudades de tudo. Sabe aquele filme: Esqueceram de mim? Pois é, me assemelho muito com o personagem. Eu era uma peste. Dei muita dor de cabeça para meus pais e vizinhança. Aprontava sempre. Apanhava todo dia e quando não apanhava pelo menos uma vez por dia achavam que eu estava doente, e sim estava. Até abri um sorriso me recordando da cara da minha nona que me falava: "maninha (meu apelido) tu não pode ser assim, tu tem que se comportar". Que se comportar o que, eu queria era chamar a atenção mesmo. Risquei dois carros e com uma inteligência fora do comum ainda escrevi meu nome, sabe, estava na primeira série e  era emocionante escrever seu próprio nome, principalmente na lataria do carro. Quebrava as coisas e colocava a culpa nos outros, não que resolvesse, afinal todos sempre desconfiavam de mim. Minha irmã não era uma boa cumplice, tinha um defeito grave, não sabia mentir. Simplesmente não conseguia dizer "eu não sei de nada" ou "a gente já encontrou assim", cara ela ficava vermelha mas tão vermelha e começava a se esquivar, pronto, não precisava uma palavra pra mãe descobrir a verdade. Quantas e quantas vezes arrastava pelos cabelos minhas amiguinhas pelo fato de não concordarmos e não darmos o braço a torcer. Cada dia eu inventava algo pra estragar a paz em casa. Desde um beliscão até coisas mais sérias como tacar um pedaço de pau com prego bem no meio da testa da filha da vizinha, sim, hoje eu realmente tenho consciência do que fiz, mas naquela época era uma disputa pelo balanço! Ah e só pra constar eu não matei ela, só levou alguns pontos... Sujar lençóis nos varais alheios também era algo bem interessante, assim como passar trote na vizinhança, afinal telefone fixo era novidade naquela época. Subir nos móveis nem se comenta né. Quebrar as coisas nem se fala, ainda mais se eram novas. Ir brincar e deixar a mãe louca em casa de preocupação por ser já oito horas da noite era sempre motivo de ter mais um encontro com a "varinha" da mãe. Quebrá-la nunca resolveu nada, pois árvores era o que mais tinha ao redor de casa, mas não custava tentar, até lançarem o chinelo "Ryder" (acho que é assim que se escreve). Bom, não tinha nem como  escapar daquela "arma". Duro pra caralh*. Doía pra caramba mesmo. Engraçado, mas a palavra mais perigosa da infância era: piu! Sim, minha mãe após me surrar dizia: "Pare de chorar, não quero ouvir mais nenhum piu!!" E a boca aberta aqui que não conseguia ficar quieta retrucava ela após virar as costas: "piu", pronto, uma chinelada a mais por isso.  Mas tudo valeu a pena. Me divertia em apanhar. Confesso que era doido, mas sei lá, ser uma peste tinha seus lados bons.. Att: Dona do blog
Não sei como foi a tua criação, em que ambiente sua infância foi construída. Eu passei a maior parte da minha vida feliz. Feliz com pouco. Mas bem feliz. É claro, reclamei muito já. Já banquei a ingrata também, mas acredito que aprendi muito. Quando era pequena convivi com minha prima- irmã. Minha mãe a adotou antes mesmo do meu nascimento. Irmã. Ou melhor, no simples Susi. Ela é uma garota simplesmente fantástica e cá entre nós, por ter aturado esse terror que fui com certeza irá para o céu. Nossa família era simples. Meu pai e minha mãe nunca nos deixou faltar nada. Mas também não tínhamos luxos, ou como diziam: supérfluos. Vez em quando inventávamos moda, queríamos ter aquilo que as outras crianças tinham. Naquele tempo dinheiro aqui em casa era algo contado, então nossos pais não tinham como nos dar aquilo que queríamos. A gente até entendia. Quando íamos no mercado, nossa mãe já nos avisava antes: "escolhem um doce ou alguma coisa que vocês querem comer, não peçam as coisas que a mãe não vai dar." Sabíamos que eles não nos davam porque não tinham ou até mesmo para que aprendêssemos a não ter tudo que queríamos. Nos finais de verão, o pai trazia lenhas do mato, o inverno se aproximava então procurava trazer alguns metros de lenha para sustentar o fogo durante o frio. Nessa época nosso trabalho era empilhar  lenhas. Passávamos a tarde  fazendo isso. Depois do serviço concluído a mãe inventava algo, uma pipoca doce e a gente fazia festa.  Brinquedos me lembro que tive, todos simples, mas estávamos mais costumadas a brincar com a terra. Também fazia da caixa de papelão onde ficavam as pantufas um avião. Me recordo da mãe vir brincar de pular corda conosco. Já o pai não. Ele não era muito participativo com essas coisas. Mas vez em quando jogava bola comigo no final da tarde. Me lembro bem do meu tio, ele sim brincava com a gente, principalmente de caçador. Não tem como esquecer de mencionar a peste que eu era. Menina levada. Menina do mato. Vivia nas capoeiras, queria ser que nem meu pai, achava que assim ele me daria atenção. Atenção. Coisa triste que marcou esse período. Talvez por ter sido a caçula por muito tempo e logo em seguida os holofotes virarem todos para meu irmão tenha me transformado nessa menina um pouco fria e revoltada. Na verdade isso não seria desculpa pelos meus atos irados durante a infância, não seria? Bom isso eu já não sei. Mas senti por um tempo muito longo a ausência de alguém vir sentar do meu lado e me elogiar. Fazia falta. Bom, nessa parte não quero me estender. Ainda não superei muito bem. Mas aprontei muito mesmo. Apanhava quase todo dia. Apanhava porque merecia. E acho que essa parte de apanhar é essencial para se educar ( psicólogos, educadores que me perdoem mas é verdade!). Sabe levo muitas recordações desse tempo. Não fui mimada por ninguém, e isso me fez bem. Apanhei, não ganhei tudo que queria, passei vontades, não tinha grana pra comprar o que os outros tinham, mas tudo isso me fizeram ser diferente, e acreditem EU NÃO MORRI pela falta disso ou por viver assim. Hoje as coisas procedem de outra forma. Vivemos bem, temos uma renda consideravelmente bem alta. Poderia ter tudo agora, mas mesmo assim meus pais fazem questão de nos lembrar que a essência de tudo não está no que eu quero de mão beijada, mas sim no suor de alguém que sabe que vai conseguir através do seu próprio esforço... Att: Dona do blog

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Eu nem sei o que escrever. Nojo. Repulsa. Tristeza. Raiva. Passa de tudo um pouco. Mais uma vez a mocinha caiu do cavalo, contos de fadas não são para ela... Talvez nem merecesse isso. Viver a vida real sem príncipes encantados não seria uma tarefa árdua, mas seria bom se alguém a fizesse feliz. Sim, feliz. Feliz como muitas pessoas por aí. Com um abraço apertado, com palavras gentis, com alguém que não a fizesse de brinquedo. Alguém que a assumisse, que soubesse expressar. Príncipe? Talvez ela não faça mesmo questão de conhecer um. Gostaria apenas de encontrar um rapaz simples e disposto a aceita-la como ela realmente é, maluca, comunicativa, engraçada, chata... Ela acreditou nele, mais uma vez. Acreditou quando ele a beijou depois de tudo, de dois fins. Ela sentiu de novo a alegria de estar ao lado dele, de sentir ele sobre seu corpo, como também novamente chorou dias depois... Ela quis virar gente grande e dizer que vai superar, ela superou antes, por que não iria superar agora? Superar e esperar? Não, ela cansou. Casou com o desgosto. Esperou tanto que viu os últimos anos escorrer pelas mãos presa em uma ilusão. Dói? Se perguntar isso a ela com certeza poderá lhe dizer as milhares de formas no qual sentiu o impacto de tudo isso. Agonia vem a mente quando olha para trás e vê tudo o que fez e como está agora. Igual. Inerte. Doença da parte dela em acreditar mais uma vez? É possível alguém conseguir ser tão vulnerável assim? Eu não sei... Att: dona do blog

terça-feira, 22 de abril de 2014

Eu gosto de livros e não gosto de ler. Gosto de violão, mas só sei as notas, não sei tocar. Gosto de cachorros, mas eles me dão medo. Gosto de sonhos mas ultimamente não sonho com mais nada. Gosto de ir na igreja, mas não entendo muito sobre. Gosto de plantas, mas não sei como mantê-las vivas. Gosto das pessoas, mas não consigo ficar muito tempo com uma pessoa só. Gosto de falar e tenho medo do silencio. Att: Dona do blog

domingo, 13 de abril de 2014

Me encanta. Não sei mais o que dizer. Simples. Ou não, meio complexo...
Difícil manter contato com alguém de longe, ou melhor, nunca consegui manter contato com alguém que morasse a mais de 10 km da minha casa. É claro, exceto essa peça aí. Diferente. Bem longe do comum. Sei lá. É como se a vida tirasse-o de dentro de uma cartola! Coisas boas costumam acontecer assim, do nada... Att: Dona do blog

Cara ela é louca de pedra! Na vida esse lance de conhecer  pessoas sem se lembrar direito como começou a conversar é a maior doideira. Foi assim com ela. Não me recordo como ficamos amigas, até me esforço, mas não sei mesmo. Sabe, ela é daquelas que topa ser vida louca junto com a gente. Do tipo que te surpreende ao baixar o vidro do carro e gritar:" Seu lindo!" para o rapaz que nunca viu antes na vida e ficar rindo como uma maluca quando demos meia volta só pra ouvi-la gritar novamente outra coisas..  Muitas histórias mesmo, tantas que daria para escrever três livros numa só pegada.. Att: Dona do blog
Vou "roubar" algumas frases do Fabio Chap que falam exatamente o que está se passando por aqui..
"A verdade é que tá foda. Ontem descobri que o amor da minha vida encontrou o amor da vida dela. Quando vieram os papos de aliança dourada, eu quis desconversar, mas não teve jeito, meus amigos disseram alto: ‘Esquece de vez. Ela vai casar’.

Palavra não é revólver, mas mata tanto quanto. Não sejamos hipócritas, o sorriso de quem a gente ama também nos deixa destruídos no canto. Basta que não tenha sido ao nosso lado que os lábios, felizes, se abriram. E não entro em exageros de depressão e o caralho que for. Falo de perder o chão, as estribeiras, entender o que é dor. Ainda não sei o que vale a pena nessa vida. Porque nos apresentar pessoas tão distintas e marcantes se logo depois vai nos tirar à força? Talvez eu ainda precise entender que felicidade é o beijo que se dá no presente, não planos de futurismos baratos."

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Eu pensei em  bancar a leviana e  puxar qualquer assunto contigo pra matar aquela saudade.  É engraçado esse meu jeito masoquista de te querer por perto. Por vez não retalhe como se eu fosse doente, apenas me apego fácil demais em quem me cativa. Olha, fiquei treinando milhões de frases prontas pra te dizer, e cá entre nós, ainda bem que minha coragem é nula. Você pode acreditar que isso seja mais uma das tantas besteiras que eu falo e pode até não dar a mínima, mas caramba, eu sinto a tua falta.  Não sei como é pra você essa ausência de contato. Tão pouco tenho tido oportunidades de me informar sobre, mas independente de qualquer coisa eu penso: porque eu ainda sinto a tua falta?  Você poderia me ajudar a responder não é? Porque raios as coisas boas das quais vivemos não conseguem ficar estáticas como uma fotografia velha num álbum?

sábado, 5 de abril de 2014

Hoje estávamos sentados numa roda realizando a ultima aula regida pelo professor Leandro. No meio de uma revisão geral, ele começou falar um pouco de seu legado. Contava de suas experiências e histórias e no meio de tudo isso comentou algo que realmente mexeu comigo. Falava então de até que ponto suas raízes estão prezas neste lugar, o que realmente esperamos depois que nos formássemos e ressaltou pela milésima vez o que minha mãe vem falando á séculos: estude, se aperfeiçoe. Engraçado como as coisas são. Como se do nada eu levasse um banho de água fria. Aquela ideologia de viver na barra da saia da mãe já não fazia mais sentido. E que por vez também salientou essa ''parada'' de ter um companheiro. O que não é tão simples. O meu lugar não é aqui, a contagem regressiva começou no momento em que decidi cursar agronomia, a partir desse momento eu deveria saber que não poderia me apegar a ninguém, não a ponto de mudar os meus planos e me fixar como um ''parasita'' ou melhor ''hospedeiro'' em alguém. Afinal se eu tiver que cruzar o país esse tal alguém viria comigo ou eu teria que abrir mão disso? Tudo parece tão longe de um raciocínio quando se tem a mente fechada, quando não se sonha alto. Ele me disse: guria, tu te especialize, faça um curso de inglês seja fluente e influente quanto ao conhecimento que tu quer ter. Desse momento em diante, foi como se eu passasse uma fita isolante nos meus sentimentos e ficasse fria quanto a isso e só me importasse com meu futuro, ou com a futura Eng. Agrônoma. Espero de todo o coração que isso não passe e que esse sentimento realmente blinde qualquer um outro que possa apaga-o. Está na hora de ser melhor pra mim... Att: Dona do blog


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Hoje em dia é difícil falar de amor, de dor sem que as pessoas entendam como indiretas.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Ele me falava bastante sobre morte e o que possivelmente vai nos acontecer, pensei e ironizei: " vamos fugir, eu não quero morrer". Agente costumava rir sobre tudo isso, sem peso na consciência, sem pensar que sim, somos um "saco de batatas", carbono puro em sua forma mais insignificante a nível humano, mas necessária ao ver da natureza. Nascer, crescer, fazer besteiras, ficar velhos e ir definhando. Esse seria o ciclo. A quase lógica.  Repito QUASE lógica. No meu ver, filosofadas de uma época de faculdade. A vida é pequena pra questionar o certo ou errado, pra viver em tradições. Me falava mais ainda, que o suicídio começava por dentro, por hora achei um comentário obvio e um tanto quanto babaca, mas depois aquilo ficou martelando aqui dentro e percebi da forma mais cafona que sim, desfalecemos até o fim certeiro. Seja de qualquer maneira, seja um falecimento sem  corpo presente ou com, seja com a morte de sentimentos onde você se afunda com eles, ou simplesmente morre com a rotina, com problemas pequenos, com suas contas, com o ''faz de conta'', com tudo isso. Att: Dona do blog